sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A TAP

Por ,

Este texto do Jorge Fiel fez-me lembrar uma história em que estive directamente envolvido, faz uns anos, e que se prendia com as viagens Lisboa-Luanda.
Em 2005, estava na altura eu no BPI, fui desafiado a acumular funções com a filial angolana do Grupo, o BFA, algo que implicava deslocações frequentes, mensais, a Luanda. À época, as minhas responsabilidades dividiam-se maioritariamente entre Lisboa e Porto, de onde sou natural, e onde residia. Com Luanda, passei a ter mais uma latitude, que tornava a logística pessoal e a organização do meu dia-a-dia relativamente complexa e detalhada.
Entre 2005 e 2009 fui-me apercebendo que a TAP e a TAAG dominavam a rota e, apesar da maiorias das pessoas que se deslocava até Luanda ser oriunda do Norte de Portugal, ambas as companhias apenas ofereciam voos directos Lisboa-Luanda (e vice-versa). Sendo o voo nocturno, aos domingos – dia em que tipicamente seguia para Luanda – quem partia de Lisboa apenas precisava de se dirigir até ao aeroporto a seguir ao jantar; já quem, como eu, arrancava do Porto, e dadas as ligações aéreas disponíveis, a viagem marcava início por volta das 4 da tarde, hora a que tinha de sair de casa em direcção ao aeroporto Sá Carneiro.
Estando o aeroporto do Porto sub-utilizado, conhecida a suposta sobrecarga da Portela, sendo boa parte dos clientes para Angola oriundos do Norte de Portugal, desafiou-se TAP e TAAG a voarem para o Porto. A TAP recusou, a TAAG considerou a oportunidade excelente e com sentido.
A TAAG entretanto foi proibida de voar para o espaço europeu, e eu em 2010 deixei de voar regularmente para Luanda. Tudo ficou na mesma.
Estamos em 2013; fui ver, e constato que a TAAG voa de novo para a Europa, e oferece um excelente serviço, ligando Luanda a Lisboa e Porto (voos directos). A TAP continua fechada no seu umbigo, apenas servindo a ligação Lisboa-Luanda.

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