sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O princípio de obidiência

"Defendi no passado juvenil a inexistência de uma política cristã. Porém, dado o cristianismo ter herdado o ideal estóico na sua versão latina, devo reconhecer que ele contribuiu para a ideia de igualdade fundamental dos homens. (O estoicismo grego é individualista; o estoicismo latino casa filosofia e pensamento político.) Mas esta ideia colide com a origem divina do poder e o princípio de obediência à autoridade temporal, mesmo que tirânica. Quer dizer: a política cristã é inconsequente, tal como surge tematizada na obra de S. Tomás de Aquino."

Igor Sousa


Confronto filosófico:

E quem sabe quando estamos em tirania?

A tirania é quando o governante não segue as normas de Deus.

Em termos simples e segundo Aquino.


E os homens estão preparados para conhecer as normas de Deus?

Hoje o poder foi dessacralizado...

A norma fundamental era e é a da justiça.


E a moral?


Aquino não discordou com o princípio de obediência mas mudou-lhe o sentido: a obediência é limitada pelas leis da justiça, diz ele. Donde resulta que os súbditos podem resistir à autoridade injusta.


Ele é subversivo.

E teria sido mais subversivo se não tivesse reconhecido a sacralidade do poder do governante injusto.

Bloch tem razão: há algo subversivo no seio do cristianismo. por isso, aconselho moderação na crítica do cristianismo.

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