"Todos os interesses locais da
Nação se negoceiam na capital, ou por dinheiro ou por votos.
O povo não é dono das suas águas, dos
seus edifícios, dos seus campos. Se tem sede, se tem fome, se lhe faltam as
vias de comunicação, uma fonte, um hospital ou um caminho tem de ir a
Lisboa. Vai, mas estas necessidades nunca chegarão sem que o povo tenha de
mandar antes, atada de pés e mãos, a sua independência política e, muitas
vezes, outras coisas mais.
Todas as fontes da vida social e
política estão submetidas à tirania do expediente e, pelo expediente, agente
principal da centralização, Portugal tornou-se uma nação escrava de uma única
cidade."
Guilherme Koehler
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